Quinta Patino, o que é?
Chama-se Quinta Patino, é um dos condomínios mais exclusivos do país e deve o seu nome a um magnata boliviano. Nele vivem centena e meia de famílias, que primam pela privacidade e pela segurança. Mas o luxo paga-se caro na Quinta Patino.

Gostava de regressar à aldeia? Imagina-se a viver rodeado de verde? Pois bem, basta ter pelo menos um milhão de euros e o seu sonho torna-se realidade na Quinta Patino A solução encontra-se bem perto de Lisboa, ali no Estoril, numa quinta comprada por Antenor Patino, nos anos 50, um magnata boliviano do estanho. Hoje a Quinta Patino é um dos mais privados condomínios nacionais. E também dos mais caros e exclusivos do país.

Entre os seus habitantes podem destacar-se nomes como Diogo Vaz Guedes, da Gespura, Vasco Rocha Vieira, último governador de Macau, Manuel Dias Loureiro, ex-ministro da Administração Interna, Nuno Vasconcellos, líder da Ongoing, Stefano Saviotti, dono do grupo de hotelaria D. Pedro, Simão Sabrosa, ex-jogador do Benfica e agora no Atlético de Madrid, José Maria Richiardi, do BES, Simões de Almeida, do grupo hoteleiro Villa Galé, ou João Rendeiro, a braços com a Justiça por causa do caso BPP. Não é raro haver amizades entre os vizinhos, e alguns deles partilham até os negócios. Mas há também quem diga que apenas sabe quem lá vive quando se encontra com eles nas reuniões de condomínio.

Uma moradia por 6,5 milhões de euros na Quinta Patino
Tal como no passado, ainda hoje imperam na Quinta Patino as mesmas palavras: privacidade, luxo, segurança, exclusividade e discrição. E não é para menos. A área urbanizada é muito pequena: apenas existem 100 lotes destinados a moradias e 54 apartamentos. Tudo distribuído por uma área de cerca de 50 hectares, onde predomina uma vegetação de tipo mediterrânica, com destaque para o pinheiro manso e o olival. A grande mancha verde da Quinta Patino é um dos motivos para que cada lote de terreno seja ali pago a peso de ouro, assim como a escassez do produto. “Ao contrário de outros condomínios, não há segundas fases de comercialização, nem serão colocados no mercado novos lotes de terreno. Daí que os que existem tenham ainda muitas possibilidades de valorização.” Quem o diz é José Manuel Velez, da Pryme Yield, uma empresa de consultoria imobiliária.

Nem o preço do condomínio assusta os potenciais interessados: 700 euros para os apartamentos e entre 250 e 400 euros mensais para as moradias. Mas vale a pena. Os residentes da Quinta Patino têm à sua disposição dezenas de quilómetros de trilhos e circuitos de manutenção, três campos de ténis, um ginásio, uma piscina(raramente usada, dado que todas as moradias têm a sua piscina privativa), um campo de futebol com relvado sintético, um parque infantil, um lago e ainda água suficiente para a rega privada dos jardins.
Privacidade e exclusividade. Uma das regras de segurança do condomínio Quinta Patino é garantir que a privacidade dos condóminos não é perturbada. Para isso há uma vasta equipa de seguranças, com rondas permanentes ao longo dos muitos quilómetros de estradas. A lista das empregadas internas e externas é permanentemente actualizada, e ninguém entra sem estar devidamente autorizado. Todas as viaturas na Quinta Patino que têm permissão para ultrapassar a cancela são filmadas, e quando há alguma festa numa habitação é solicitada uma lista de convidados e reforçada a segurança nas duas portarias, na principal e na de serviço.

Humberto Barbosa, fundador da Clínica do Tempo, foi um dos primeiros moradores a instalar-se ali. E escolheu a Quinta Patino pelos motivos que a tornam tão desejada: “Tranquilidade, segurança e privacidade.” No “jogging” quase diário que faz, raramente se encontra com vizinhos. “Eu e os meus filhos andamos pela quinta quando queremos e sem nenhuma preocupação. Raramente vemos alguém, mas se quisermos ver e ser vistos sabemos a hora a que devemos passar junto ao lago.” Morar ali é um privilégio, reconhece Humberto Barbosa. Do que mais gosta é de se sentir no meio do campo e ter toda a tranquilidade do mundo. Estar perto do mar e da auto-estrada para Lisboa também lhe agrada. Há sete anos a viver na quinta, ainda não conseguiu encontrar nenhum aspecto menos positivo. Nem o facto de haver poucos serviços à disposição refreiam o seu entusiasmo. Se qualquer morador quiser beber um café tem de pegar no carro e sair do seu paraíso dourado. “Mas, se quisermos pão, leite e os jornais diários, há um serviço que pode ser requisitado através do condomínio.” Até as empregadas domésticas não têm de se preocupar com as deslocações dentro da quinta: ao longo do dia circula uma carrinha que as transporta para onde quiserem.
Segurança e privacidade na Quinta Patino
Maria (nome fictício) mora aqui há meia dúzia de anos. Trocou a Quinta da Marinha, onde a sua casa foi assaltada, pela segurança proporcionada por este condomínio murado. “Aqui, os meus filhos andam sozinhos na rua, vão para casa dos amigos a pé e partilham muitos interesses em comum. Para mim, segurança e tranquilidade são essenciais. Já mudei de casa várias vezes cá dentro e não me imagino a viver noutro lado.” Para além disso, acrescenta: “Comprar aqui casa é um investimento seguro e também um estilo de vida.” Maria revela também que os seus filhos e os dos vizinhos partilham quase todos os mesmos colégios privados: “Ou estão no St. Julian’s School, na American School ou no St. Dominc’s International School.”
Mas há outros sítios frequentados pelos moradores da quinta: a Pastelaria Garrett, no Estoril, o Saloio, no mesmo local, ou a Ana Preta. Os católicos vão à missa do meio-dia na Igreja de Santo António, junto à Marginal, e os seus restaurantes preferidos situam-se na zona do Guincho.
Cinco décadas de história. A história desta quinta começa nos anos 50, com um verdadeiro caso de amor entre Antenor Patino e a região do Estoril. Cidadão do mundo, com casas na Bolívia, México, Estados Unidos, Londres, Paris e Madrid, Patino descobriu Portugal quase por acaso. Depois começou a comprar terrenos aos bocados a vários proprietários até formar cerca de 50 hectares. Ali construiu, no ponto mais alto, um grande palacete, recentemente vendido por 10 milhões de euros a Stanley Ho. A construção do palácio começou em 1957 e só terminou quatro anos depois. Dono de uma das maiores fortunas do mundo, Patino construiu 5 mil metros quadrados de área coberta, 30 mil de jardim e uma enorme piscina. Ao lado mandou erguer um pavilhão de chá e, perto, um salão de bowling. A capela do século XVII foi outra das extravagâncias do rei do estanho. Mandou-a vir do Minho, pedra por pedra. Ali ficou sepultado. O seu corpo foi transladado para a Bolívia em 1988, quando a viúva se desfez da quinta. Ora é precisamente nesta altura que se dá início à história do condomínio, quando a propriedade é comprada por um grupo de capitais encabeçado pelo Banco Espírito Santo.
“Os primeiros moradores fizeram aqui um dos melhores negócios das suas vidas. Há dez anos, um lote de terreno valia quase três vezes menos do que hoje”, diz Eurico Ferreira da Silva, da Sotheby’s. Os portugueses são os moradores em maior número, logo seguidos pelos brasileiros e pelos alemães. Empresários, gestores, ex-políticos, banqueiros e advogados são as profissões mais representadas. Ao aldeamento poderia chamar-se uma aldeia de luxo.
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